
Dia Mundial do Chocolate: história, curiosidades e um convite ao prazer sem culpa
“Tudo que você precisa é amor. Mas um pouco de chocolate de vez em quando não faz mal nenhum.” – Charles M. Schulz
Um ritual ancestral que virou paixão global
O chocolate percorreu um longo caminho até chegar às nossas prateleiras. Seu ponto de partida está nas civilizações pré-colombianas, onde o cacau era alimento sagrado. Maias e astecas consumiam a bebida feita com cacau misturado a água, pimenta vermelha, milho e mel. Era denso, amargo e ritualístico, servido em cerimônias ligadas à vida e à morte.
No século 16, Hernán Cortés levou o cacau para a Europa após a conquista do império de Montezuma, no México. A bebida sagrada ganhou açúcar e leite, conquistando os paladares europeus e dando início à história do chocolate.
O protagonismo (e os desafios) do Brasil
Durante boa parte do século 20, o Brasil, especialmente a Bahia, foi protagonista mundial na produção de cacau. Ilhéus era o coração dessa economia – cenário eternizado nos livros de Jorge Amado.
A introdução da variedade forasteiro impulsionou a produção, mas a crise chegou nos anos 1990 com a praga “vassoura-de-bruxa”, que devastou plantações e afetou profundamente a economia local. Hoje, pequenos produtores e projetos de cacau premium têm buscado revitalizar a cultura cacaueira com foco em qualidade e sustentabilidade.
Chocolate: o que você precisa saber
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define que um produto só pode ser chamado de chocolate se tiver no mínimo 25% de sólidos totais de cacau. O chocolate branco deve conter pelo menos 20% de manteiga de cacau.
Isso ajuda a entender melhor as diferenças entre os principais tipos:
Chocolate amargo: maior percentual de cacau (geralmente acima de 70%), menos açúcar e mais antioxidantes. É o mais indicado para quem busca benefícios à saúde.
Chocolate ao leite: leva leite e açúcar na composição, o que suaviza o sabor e agrada muitos paladares.
Chocolate branco: feito com manteiga de cacau, açúcar e leite. Mesmo sem sólidos de cacau, oferece prazer sensorial e é amado por muitos.
Países que dominam a arte do chocolate
Hoje, países como Suíça, Bélgica, França e Itália são reconhecidos mundialmente por suas tradições na produção de chocolate, cada um com características únicas que conquistam paladares distintos. Esses países valorizam o terroir, técnicas artesanais e cacau de origem controlada.
E os benefícios do chocolate?
Consumido com moderação e atenção à qualidade, o chocolate (especialmente o amargo) pode oferecer benefícios reais à saúde:
Fonte de flavonoides, antioxidantes que protegem o coração e melhoram a circulação estimula a produção de serotonina e endorfina, promovendo bem-estar e ajudando na redução da ansiedade.
Chocolate bom conquista
Chocolate ruim, com excesso de gordura vegetal, açúcar e pouco cacau, se aproxima dos ultraprocessados. Já o bom chocolate tem cacau como protagonista, textura sedosa e sabor profundo. É alimento e afeto.
E como alguém que já recorreu ao chocolate para segurar a ansiedade e melhorar o dia, compartilho aqui algumas das minhas escolhas favoritas sem culpa:
- Torta Matilda com 14 camadas da Oxe, Como é Doce
- Chocolate quente da Lindt
- Bolo amanteigado com calda de chocolate e bombom de chocolate intenso com pipoca crocante e flor de sal da Casa Ópera
- Torta Raimunda e bolo de chocolate com calda de chocolate da Tortarelli
Seja em forma de torta, bebida quente ou bombom, o chocolate segue sendo uma das formas mais afetivas de carinho com os outros e com a gente.
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