Boia celebra cinco anos com novas experiências e liberdade criativa no Horto Florestal
O Boia Restaurante chega aos cinco anos de história celebrando um novo momento. Mais do que uma data, o aniversário simboliza o amadurecimento de um projeto que cresceu, mudou de endereço, consolidou sua identidade e segue encantando o público pela forma livre e afetiva de interpretar a gastronomia baiana contemporânea.
Um novo espaço, um novo tempo
Para o chef Kaywa Hilton, cada fase do Boia representou um passo importante na construção dessa trajetória. A mudança para o Horto Florestal marcou o início de uma nova etapa. “Essa nova casa trouxe para a gente muita liberdade na criação. No antigo Boia, por estar dentro de uma cervejaria, eu precisava seguir aquele conceito. Hoje posso criar o que faz sentido com o lugar e com o momento”, conta.
O espaço, cercado por verde e repleto de detalhes arquitetônicos que refletem o estilo descontraído e ao mesmo tempo sofisticado da casa, inspirou também uma nova forma de cozinhar. “Não é que eu esteja mais criativo, mas hoje eu tenho mais liberdade. Posso decidir o que servir, como servir e o que combina com o Boia”, completa o chef.
Cinco anos de amadurecimento
A comemoração de cinco anos marca um ciclo importante para a dupla Kaywa e Thabata Hilton, irmãos e sócios desde o início do projeto. “Cada ano que a gente sobrevive nessa profissão é uma grande vitória. É um mercado de muito desafio, e poder celebrar com quem acredita na gente tem um sabor especial”, reflete Kaywa.
O evento que celebra o aniversário da casa será realizado no domingo, 26 de outubro, com samba ao vivo e estações gastronômicas comandadas por chefs convidados: Kafe e Dante Bassi, do Manga Restaurante; Leila Carreiro, do Dona Mariquita; Danilo Fernandes, do Amado; Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Grupo Origem; Peu Mesquita, do Vona Restaurante; Ícaro Rosa, do Ayrà; e Marcelo Fugita, do Soho Restaurante.
A proposta é reunir amigos da cena baiana e brindar mais um capítulo dessa história. “Mais do que uma festa, é um momento para agradecer e celebrar o que conquistamos juntos”, completa o chef.
Uma casa que Salvador aprendeu a abraçar
Com o passar dos anos, o Boia conquistou um público diverso. “Temos clientes que nos acompanham desde a primeira casa e outros que chegaram agora, aqui no Horto. Salvador abraçou o Boia”, diz Kaywa.
A visibilidade nacional também cresceu, impulsionada pela participação do chef no programa Mestre do Sabor, em 2020, e pelas parcerias com outros nomes da gastronomia baiana. O restaurante se apresenta como um espaço eclético e livre, sem se restringir a um estilo ou público específico.
A filosofia do Boia incentiva a liberdade: “Tentamos trazer essa essência na comida, na carta de vinhos e no conceito da arquitetura. As pessoas chegam aqui, a gente recomenda, mas o importante é ser feliz e fazer como se sentir melhor”, explica Kaywa.
Além do público da Bahia, o restaurante recebe muitos visitantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. “Não temos uma forma única de servir. O importante é que cada um viva a experiência do seu jeito”, afirma o chef.
Parceria que nasceu da confiança
A história do Boia também é a história de uma parceria familiar que deu certo. Thabata lembra que a sociedade entre irmãos nasceu de uma decisão profissional, e não apenas afetiva. “Não foi uma escolha por sermos família, mas porque fazia sentido. Eu estava no Rio de Janeiro, Kaywa no Uruguai, e decidimos voltar para Salvador para empreender juntos”, conta.
Hoje, cinco anos depois, a sintonia se reflete no funcionamento da casa. “A gente se encaixou bem, porque temos gostos e visão parecidos. Existe confiança, e isso é fundamental em qualquer sociedade”, diz Thabata.
Ambos reconhecem que empreender em Salvador tem desafios únicos, mas afirmam que o aprendizado é constante. “Empreender é começar uma nova profissão. A gente erra, aprende, se reinventa – e faria tudo de novo”, resume Thabata.
Cozinha contemporânea com identidade baiana
O Boia apresenta uma cozinha contemporânea com identidade baiana, valorizando ingredientes locais e frutos do mar frescos em receitas que unem técnica, criatividade e sutileza.
O menu traz petiscos como o bao de siri – pãozinho de dendê na vaporeira, siri Boia crocante e geleia de pimenta, as tartaletes de peixe do dia (mini tartalete crocante com peixe marinado em geleia de pimenta), o sanduíche de camarão no pão de miga tostado, com filé de camarão e aioli de pimenta doce e o ceviche do dia, com peixe do dia curado e marinado no leite de tigre da casa.
Entre os principais, há pratos como o poivre de atum maturado (lombo de atum selado, molho poivre e mil-folhas de macaxeira), o cupim na brasa com mandioquinha e kimchi (carne na brasa acompanhada de creme de mandioquinha e conserva de acelga fermentada, feita na casa, levemente picante) e a couve-flor na brasa com homus de feijão e missô (filé de couve-flor marinado na brasa, homus de feijão branco e leite de castanhas).
Esses pratos são clássicos do restaurante e estão no cardápio desde o início, conquistando cada vez mais admiradores.
De sobremesa, destaca-se o mel e boursin (creme montê de mel, sorvete de boursin de cabra, crocante de mel e mel de uruçu nordestina).
Além da carta de vinhos, o bar oferece drinques autorais, clássicos e não alcoólicos. Entre os autorais, faz sucesso o Minduim, o meu preferido.
O Boia segue consolidando seu espaço na cena gastronômica da Bahia, oferecendo não apenas boa comida, mas uma experiência de liberdade, acolhimento e criatividade.
Parabéns ao Boia e a toda equipe pelos cinco anos de sabor, criatividade e liberdade!
Foto: Malu Serafini


