Câncer de Próstata: diagnóstico precoce ainda é desafio entre os homens brasileiros

No Dia do Homem (15 de julho), o alerta é claro: o câncer de próstata continua sendo o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, e o maior inimigo ainda é o diagnóstico tardio. A resistência em buscar atendimento médico e o hábito de adiar exames colocam em risco a saúde masculina e dificultam o sucesso do tratamento.

Números que preocupam

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 71.730 novos casos de câncer de próstata para cada ano do triênio 2023-2025, confirmando a dimensão do problema. Dados do Ministério da Saúde mostram que a doença matou 17 mil homens no Brasil em 2023, evidenciando a gravidade da situação.

A resistência masculina aos cuidados preventivos é alarmante: 70% dos homens só procuram atendimento médico quando incentivados por mulheres ou filhos. Consequentemente, mais da metade dos pacientes chegam ao consultório com a doença em estágio já avançado.

A importância do diagnóstico precoce

Apesar dos avanços da medicina e das terapias mais modernas, a prevenção continua sendo o melhor caminho. Quando descoberto no início, o câncer de próstata tem até 90% de chance de cura. Porém, muitos homens só buscam ajuda quando os sintomas já são evidentes, o que reduz significativamente as possibilidades de tratamento e impacta diretamente na qualidade de vida.

O reflexo na expectativa de vida

Os dados revelam uma realidade preocupante: homens vivem de 5 a 7 anos a menos que as mulheres, principalmente pela falta de cuidados preventivos. Este número não é apenas uma estatística, mas um reflexo direto da cultura masculina de negligenciar a própria saúde.

Esperança mesmo nos casos avançados

Mesmo quando o diagnóstico não é precoce, ainda há alternativas. O acompanhamento com equipe multidisciplinar e o início imediato do tratamento podem controlar o avanço da doença, reduzir sintomas e ampliar a qualidade de vida dos pacientes.

Sobre o Dia do Homem

No Brasil, o Dia do Homem é celebrado em 15 de julho desde 1993, com o objetivo de promover discussões sobre saúde masculina e quebrar tabus relacionados ao autocuidado.

Neste contexto, o recado é simples e necessário: cuidar da saúde também é coisa de homem.

Exames de rotina, consultas médicas regulares e atenção aos sinais do corpo não representam exagero, mas sim responsabilidade consigo mesmo e com quem te ama. Afinal, quem ama, cuida – e isso inclui cuidar de si mesmo.

Fontes: Radar do Câncer/Instituto Oncoguia/Agência Brasil/Carro das Notícias