
Autenticidade Líquida – Restaurantes que estão mudando o que (e como) sentimos à mesa
Em tempos de fórmulas fáceis, há quem ainda ouse criar com verdade. Em vez de seguir tendências, alguns dos restaurantes mais relevantes do país decidiram fazer o oposto: olhar para dentro. Revisitam seus territórios, revelam sua essência e constroem assinaturas sensoriais com identidade própria – que dizem muito mais do que qualquer prato bem montado jamais diria.
Nessa virada, fórmulas genéricas e produtos padronizados saem de cena. No lugar deles, surgem fermentados autorais, vermutes exclusivos, bebidas com sotaque local e alma viva – desenvolvidos em parceria com especialistas que sabem: a biodiversidade brasileira não é tendência, é patrimônio narrativo. E tem muito a dizer.
Brindes com assinatura para minha gente que bebe!
É o caso do Elena Horto, restaurante que decidiu romper barreiras e com um inédito vermute de sakê. A colaboração entre a Sommelier de Saquê Jade Mayworm e a Companhia dos Fermentados, que conseguiram algo raro: dar corpo e profundidade a um saquê delicado, revelando suas nuances com elegância e inovação.
Em Salvador, temos exemplos dignos de obra de arte cheios de personalidade com assinatura do grupo mais potente e expansivo do estado. Liderado por Fabrício Lemos, temos um excelente exemplo na cachaça Origem em parceria com a Rio do Engenho trazendo a Bahia líquida em vários drinks e preparos como o Cacauá – Frutado e demi-sec | Cachaça Origem + nibs de cacau + jabuticaba + licor de mel de cacau + mel de cacau + limão. E a assinatura também está no Gin Origem em parceria com BegGin. Ambos se transformaram em arte tendo os rótulos elaborados pelo artista plástico Elano Passos.
No Nosso no RJ, a assinatura líquida ganhou forma no umeshu criado pelo head bartender Rodrigo Loureiro, também em parceria com os Fermentados. Já o Jurubeba, novo bar badalado de Elia Schramm, optou por mergulhar fundo no Brasil com a criação de uma cachaça exclusiva – um blend raro, envelhecido por 15 anos em jequitibá, desenvolvido pela Cachaça da Tulha sob curadoria da especialista em destilados Isadora Fornari e Mauricio Maia. O resultado? Uma bebida densa em história, território e sofisticação sensorial.
O que está em jogo não é apenas o sabor – é como ele nos atravessa. Porque, em meio a tanta repetição disfarçada de inovação, o que realmente impressiona é a autenticidade que se sente.
E se preparem porque em breve novas assinaturas vão brilhar por Salcity!
Crédito: Leonardo Freire

