
Amizades tóxicas e verdadeiras: o que aprendi com cada uma
O peso das amizades
Dizem que a amizade é um espelho, mas nem sempre o reflexo é bonito de se ver. Algumas amizades, com suas sombras tóxicas e interesses disfarçados, me ensinaram, sem querer, a olhar para dentro, não para julgá-las, mas para entender o que, afinal, estavam tentando me revelar.
Quando a mágica se desfaz
No começo, elas chegaram cheias de “boas intenções”: risos fáceis, proximidade que parecia natural e elogios que pareciam sinceros. Mas a mágica tem truques, e o tempo revela as entrelinhas. Aos poucos, o que era leveza virava peso, e as intenções por trás das palavras começavam a aparecer.
O que restava, então, era o desconforto: cobranças mascaradas de cuidado, manipulações disfarçadas de preocupação, insegurança travestida de críticas, competição tóxica, “brincadeiras” com intenção de diminuir – tudo revelando a falta de caráter.
A lição escondida no desconforto
Ironia ou não, essas amizades também deixaram algo precioso: a gratidão. Não por elas, mas pelo que veio depois. Foi a partir dessas experiências que aprendi, com mais clareza, a reconhecer quem realmente importa.
Aprendi que dizer “não” não me faz menos gentil, que me afastar não é egoísmo, mas autopreservação, um ato de amor. E que amor verdadeiro não exige sacrifício constante.
O valor do que fica
Hoje, olho para trás com leveza. Essas amizades foram capítulos necessários, que precisavam ser vividos, mas não repetidos, no livro que continuo escrevendo.
Porque, no fim das contas, o que fica são os vínculos que aquecem, os laços que não sufocam, as pessoas que iluminam meus dias mais escuros e as que chegam para somar, sem jamais cobrar a conta.
Foto: Felipe Almeida
